PG.53 PORQUE ? CRIMES, DOENÇAS E INFORTÚNIO NA VIDA -EMMANUEL



          PSICOGRAFIA DE  FRANCISCO CÂNDITO XAVIER  - EMANUEL, ANDRÉ LUIZ 


1 - CAUSAS ESPIRITUAIS DAS DOENÇAS - PERGUNTA E RESPOSTAS

Emmanuel;

1 - O que estrutura espiritualmente o corpo de carne?
Emmanuel: O corpo espiritual ou perispírito é o corpo básico, constituído de matéria sutil, sobre o qual se organiza o corpo de carne.

2 - O erro de uma encarnação passada pode incluir na encarnação presente, predispondo o corpo físico às doenças? De que modo?
Emmanuel - A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semi-material do corpo espiritual. Havendo o espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido.

3 - Quais os dois aspectos da Justiça?
Emmanuel - A Justiça na Terra pune simplesmente a crueldade manifesta, cujas conseqüências transitam nas áreas do interesse público, dilapidando a vida e induzindo à criminalidade; entretanto, esse é apenas o seu aspecto exterior, porque a Justiça é sempre manifestação constante da Lei Divina, nos processos da evolução e nas atividades da consciência.

4 - Qual a relação existente entre doenças e a Justiça?
Emmanuel - No curso das enfermidades, é imperioso venhamos a examinar a Justiça, funcionando com todo o seu poder regenerativo, para sanar os males que acalentamos.

5 - O que faz o Espírito, antes de reencarnar-se visando à própria melhoria?
Emmanuel - Antes da reencarnação, nós mesmos, em plenitude de responsabilidade, analisamos os pontos vulneráveis da própria alma, advogando em nosso próprio favor a concessão dos impedimentos físicos que, em tempo certo, nos imunizem, ante a possibilidade de reincidência nos erros em que estamos incursos.

6 - Que pedem, para regenerar-se, os intelectuais que conspurcaram os tesouros da alma?
Emmanuel - Artífices do pensamento, que malversamos os patrimônios do espírito, rogam empeços cerebrais, que se façam por algum tempo alavancas coercitivas, contra as nossas tendências ao desequilíbrio intelectual.

7 - Que medidas de reabilitação rogam os artistas que corromperam a inteligência?
Emmanuel - Artistas, que intoxicamos a sensibilidade alheia com os abusos da representação viciosa, imploramos moléstias ou mutilações, que nos incapacitem para a queda em novas culpas.

8 - Que emendas solicitam os oradores e pessoas que influenciaram negativamente pela palavra?
Emmanuel - Tarefeiros da palavra, que nos prevalecemos dela para caluniar ou para ferir, solicitamos as deficiências dos aparelhos vocais e auditivos, que nos garantam a segregação providencial.

9 - Que providências retificadoras pedem para si próprios aqueles que abraçaram graves compromissos do sexo?
Emmanuel - Criaturas dotadas de harmonia orgânica, que arremessamos os valores do sexo ao terreno das paixões aviltantes, enlouquecendo corações e fomentando tragédias, suplicamos as doenças e as inibições genésicas que em nos humilhando, servem por válvulas de contenção dos nossos impulsos inferiores.

10 - Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do próprio enfermo, antes de renascer?
Emmanuel - Nem sempre o Espírito requisita deliberadamente determinadas enfermidades de vez que, em muitas circunstâncias quais aqueles que se verificam no suicídio ou na delinqüência, caímos, de imediato, na desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico, exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios.

11 - Quais são os casos mais comuns de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina?
Emmanuel - Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina, na maioria das criaturas que trazem as provações da idiotia ou da loucura, da cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou ainda, nas crianças-problemas, cujos corpos, irremediavelmente frustrados, durante todo o curso da reencarnação, mostram-se na condição de celas regenerativas, para a internação compulsória daqueles que fizeram jus a semelhantes recursos drásticos da Lei. Justo acrescentar que todos esses companheiros, em transitórias, mas duras dificuldades, renascem na companhia daqueles mesmos amigos e familiares de outro tempo que, um dia, se cumpliciaram com eles na prática das ações reprováveis em que delinqüiram.

12 - A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais na vida diária?
Emmanuel - A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos. Necessário, pois, considerar igualmente, que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos; os que passam, todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas.

13 - Qual a advertência de Jesus para que nos previnamos dos males do corpo e da alma?
Emmanuel - Assinalando as causas distantes e próximas das doenças de agora, destacamos o motivo por que os ensinamentos da Doutrina Espírita nos fazem considerar, com mais senso de gravidade, a advertência do Mestre: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”.

EMMANUEL

(Do livro “Leis Do Amor”, Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira)
Fonte (livros digitados): Universo Espírita


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2 - CONSEQÜÊNCIAS DO PASSADO

1- Como podemos compreender os resultados de nossas existências anteriores?
Emmanuel - Para compreender os resultados das existências anteriores, baste que o homem observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas.

2 - Como entender, na essência, as dívidas ou vantagens que trazemos de existências passadas?
Emmanuel - Estudos que efetuamos corretamente, ainda que terminados há longo tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis. Faltas praticadas deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo reparação. Se plantarmos preciosa árvore, desde muito, é natural venhamos a surpreende-la, carregada de utilidades e frutos para os outros e para nós. Se nos empenhamos num débito, é justo suportemos a preocupação de pagar.

3 - Qual a lição que as horas nos ensinam?
Emmanuel - Meditemos a simples lição das horas. Comumente, durante a noite, o homem repousa e dorme; em sobrevindo a manhã, desperta e levanta-se com os bens ou com os males que haja procurado para si mesmo, no transcurso da véspera. Assim, a vida e a morte, na lei da reencarnação que rege o destino.

4 - Qual a situação moral da alma no túmulo e no berço?
Emmanuel - No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar.

5 - Em síntese, onde permanece, espiritualmente, a criatura reencarnada?
Emmanuel - Cada criatura reencarnada permanece nas derivantes de tudo o que fez consigo e com o próximo.

6 - Qual a explicação lógica das enfermidades congênitas?
Emmanuel - Os grandes delitos operam na alma; estados indefiníveis de angústia e choque, daí nascendo a explicação lógica das enfermidades congênitas, às vezes inabordáveis a qualquer tratamento.

7 - O que ocorre aos suicidas nas vidas ulteriores?
Emmanuel - Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias, freqüentemente, após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas, transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras.

8 - E os protagonistas de tragédias passionais?
Emmanuel - Protagonistas de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de guerra, aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para acobertar interesses escusos; exploradores do sofrimento humano, caluniadores, empreiteiros do aborto e da devassidão e malfeitores outros, que a justiça do mundo não conseguiu cadastrar, voltam à reencarnação em tribulações compatíveis com os débitos que assumiram e, muitas vezes, junto das próprias vítimas, sob o mesmo teto, marcados por idênticos laços consangüíneos, tolerando-se mutuamente, até a solução dos enigmas que criaram contra si mesmos, atento ao reequilíbrio de que se vêem necessitados, ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos, integrando os quadros inquietantes dos acidentes em que se desdobra o resgate do Espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas provações coletivas.

9 - E aos cúmplices de erros e enganos?
Emmanuel - As grandes dificuldades não caem exclusivamente sob os suicidas e homicidas comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das resoluções infelizes que adotaram são impelidos a recebe-los nos próprios braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de regeneração.

10 - O que ocorre àqueles que provocaram o suicídio de alguém?
Emmanuel - Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é possível que tenhamos esse mesmo alguém, muito em breve, na condição de um filho-problema ou de um familiar padecente; requisitando-nos auxílio, na medida das responsabilidades que assumimos na falência a que se arrojou.

11 - Que acontece aos que impelem o próximo à falência moral?
Emmanuel - Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do caminho, asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação prematura, é certo que se corporificarão, de novo, na Terra, ao nosso lado, a fim de que lhes prestamos concurso imprescindível à reeducação, na pauta dos compromissos a que nos enredamos, ao precipita-los nos enganos terríveis de que buscam desvencilhar-se, abatidos e desditosos.
Nas mesmas circunstâncias carreamos em nós, enraizadas nas forças profundas da mente, os bens ou os males que cultivamos.

12 - E o que ocorre aos desencarnados que malbarataram os tesouros da emoção e da idéia?
Emmanuel - Quando desencarnados, não fugimos à lei de causa e efeito.
Se malbaratamos os tesouros das emoções e dos pensamentos na Terra, deambulamos nas esferas espirituais por doentes da alma, que a perturbação ensandece, fadados a reaparecer no plano carnal com as enfermidades conseqüentes, a se entranharem nos tecidos orgânicos, que nos compõem a vestimenta física.

13 - E àqueles que se entregam aos desequilíbrios do sexo?
Emmanuel - Nessas condições, o porvir esboça-se, nebuloso, apontando-nos graves lições de refazimento e resgate. Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos alheios por nossa conta, agüentamos inibições genésicas, muitas vezes, com o cansaço precoce e a distrofia muscular, a epilepsia ou o câncer de permeio.

14 - E àqueles que perpetram crimes?
Emmanuel - Se perpetramos crimes na pessoa dos nossos semelhantes, eis-nos à frente de mutilações dolorosas.

5 - E àqueles que se entregam às extravagâncias da mesa?
Emmanuel - Se nos entregamos à extravagância da mesa, arcamos com ulcerações e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as alterações do veículo espiritual.

16 - E àqueles que se afeiçoam ao alcoolismo?
Emmanuel - Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecentes, somos induzidos à loucura ou à idiotia seja onde for.

17 - E àqueles que se empenham em delitos de maledicência e calúnia?
Emmanuel - Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias correlatas.

18 - As conseqüências de nossos erros se verificam apenas na forma de doenças comuns?
Emmanuel - Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades da obsessão, porquanto, cada vez que ofendemos aos que nos partilham a marcha, atraímos, em prejuízo próprio, as vibrações de revolta ou desespero daqueles que se categorizam por vítimas de nossas ações impensadas.

19 - Qual deve ser a nossa atitude perante as provas da vida?
Emmanuel - Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a refletir, para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam.

20 - Quais as relações entre o presente, o passado e o futuro?
Emmanuel - Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá.

EMMANUEL

(Do livro “Leis Do Amor”, Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira)
Fonte: Universo Espírita (Livros digitados) 


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3 - O TRATAMENTO DAS DOENÇAS E O ESPIRITISMO

1 - O Espiritismo pode contribuir para o tratamento das doenças?
Emmanuel - A doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante. 
Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais ou coletivas.

2 - Existe uma patologia da alma?
Emmanuel - Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.

3 - Por que acontece assim?
Emmanuel - Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto àqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; responderam por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algemas duplas na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranqüilos.

4 - Como classificar o reduto doméstico, onde se reúnem sob os mesmos interesses e sob o mesmo sangue os inimigos de existências passadas?
Emmanuel - Do ponto de vista mental,os adversários do pretérito, reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna, minado por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.

5 - Qual o papel dos princípios espíritas diante dos conflitos familiares?
Emmanuel - Diante dos conflitos familiares, surgem os princípios espíritas por medicação providencial.

6 - Qual o ponto fundamental do socorro espírita nos males de origem doméstica?
Emmanuel - Claramente, na educação individual e, evidenciando a reencarnação, destaca o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do grupo sejam definitivamente sanados.

7 - Como classificam a Doutrina Espírita as pessoas difíceis da convivência ou da consangüinidade?
Emmanuel - A Doutrina Espírita, proclamando o entendimento fraterno por medida inalienável, perante os ajustes precisos, cataloga os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.

8 - Como funcionam os ensinamentos espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?
Emmanuel - Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.

9 - A caridade pode auxiliar nas curas dos males humanos?
Emmanuel - Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.

10 - Em que fórmulas essenciais se baseiam a terapêutica espírita?
Emmanuel - Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.

11 - Quais são os medicamentos do espírito?
Emmanuel - Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimados benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.
Se abraçastes, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação, a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no fundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que te fluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. EMMANUEL (Do livro “Leis Do Amor”, Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira) Fonte: Universo Espírita


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1 - A invasão microbiana está vinculada a causas espirituais?
André Luiz - Excetuados os quadros infecciosos pelos quais se responsabiliza a ausência da higiene comum, as depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças, seja adulterando as trocas vitais do cosmo orgânico pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos fisiopsicossomáticos que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de rutura na harmonia celular.
Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna passível de invasão microbiana, qual praça desguarnecida, porque as sentinelas naturais não dispõem de bases necessárias à ação regeneradora que lhes compete, permanecendo, muitas vezes, em derredor do ponto lesado, buscando delimitar-lhe a presença ou jugulhar-lhe a expansão.


Desarticulado, pois, o trabalho sinérgico das células nesse ou naquele tecido, aí se interpõem as unidades mórbidas, quais as do câncer, que, nesta doença, imprimem acelerado ritmo de crescimento a certos agrupamentos celulares, entre as células sãs do órgão em que se instalem, causando tumorações invasoras e metastáticas, compreendendo-se, porém, que a mutação, no início, obedeceu a determinada distonia, originária da mente, cujas vibrações sobre as células desorganizadas tiveram o efeito das projeções de raios X ou de irradiações ultravioleta, em aplicações impróprias. Emerge, então, a moléstia por estado secundário, em largos processos de desgaste ou devastação, pela desarmonia a que compele a usina orgânica, a esgotar-se, debalde, na tarefa ingente da própria reabilitação, no plano carnal, quando o enfermo, sem atitude de renovação moral, sem humildade e paciência, espírito de serviço e devotamento ao bem, não consegue assimilar as correntes benéficas do Amor Divino que circulam, incessantes, em torno de todas as criaturas, por intermédio de agentes distintos e inumeráveis, a todas estimulando, para o máximo aproveitamento na Terra.


Quando o doente, porém, adota comportamento favorável a si mesmo, pela simpatia que instila no próximo, as forças físicas encontram sólido apoio nas radiações de solidariedade e reconhecimento que absorve de quantos lhe recolhem o auxílio direto ou indireto, conseguindo circunscrever a disfunção aos neoplasmas benignos, que ainda respondem à influência organizadora dos tecidos adjacentes.
Sob o mesmo princípio de relatividade, a funcionar, inequívoco, entre doença e doente, temos a incursão da tuberculose e da lepra, da brucelose e da amebíase, da endocardite bacteriana e da cardiopatia chagásica, e de muitas outras enfermidades, sem nos determos na discriminação de todos os processos morbosos, cuja relação nos levaria a longo estudo técnico.


É que, geralmente, quase todos eles surgem como fenômenos secundários sobre as zonas de predisposição enfermiça que formamos em nosso próprio corpo, pelo desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem ruturas ou soluções de continuidade nos pontos de interação entre o corpo espiritual e o veículo físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a que sejamos mais particularmente inclinados pela natureza de nossas contas cármicas.
Consolidado o ataque, pela brecha de nossa vulnerabilidade, aparecem as moléstias sintomáticas ou assintomáticas, estabilizando-se ou irradiando-se, conforme as disposições da própria mente, que trabalha ou não para refazer a defensiva orgânica em supremo esforço de reajuste, ou que, por automatismo, admite ou recusa, segundo a posição em que se encontra no princípio de causa e efeito, a intromissão desse ou daquele fator patogênico, destinado a expungir dela, em forma de sofrimento, os resíduos do mal, correspondentes ao sofrimento por ela implantado na vida ou no corpo dos semelhantes.


Não será lícito, porém, esquecer que o bem constante gera o bem constante e, que, mantida a nossa movimentação infatigável no bem, todo o mal por nós amontoado se atenua, gradativamente, desaparecendo ao impacto das vibrações de auxilio, nascidas, a nosso favor, em todos aqueles aos quais dirijamos a mensagem de entendimento e amor puro, sem necessidade expressa de recorrermos ao concurso da enfermidade para eliminar os resquícios de treva que, eventualmente, se nos incorporem, ainda, ao fundo mental.
Amparo aos outros cria amparo a nós próprios, motivo porque os princípios de Jesus, desterrando de nós animalidade e orgulho, vaidade e cobiça, crueldade e avareza, e exortando-nos à simplicidade e à humildade, à fraternidade sem limites e ao perdão incondicional, estabelecem, quando observados, a imunologia perfeita em nossa vida interior, fortalecendo-nos o poder da mente na auto-defensiva contra todos os elementos destruidores e degradantes que nos cercam e articulando-nos as possibilidades imprescindíveis à evolução para Deus. ANDRÉ LUIZ (Evolução em Dois Mundos, parte II, cap. XX, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)

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4 - DIVÓRCIO - SUICÍDIO - ABORTO - DESENCARNAÇÃO PRECOCE

1 - Compreendendo que muitos casamentos resultam em uniões infelizes e, às vezes, até mesmas profundamente antipáticas, induzindo os cônjuges ao divórcio, como interpretar a fase de atração recíproca, repleta de alegria e esperança, que caracterizou o namoro e o noivado?
Emmanuel - Qualquer pessoa que aspire um título elevado passa pela fase de encantamento. Esfalfa-se o professor pela ascensão à cátedra. Conseguido o certificado de competência, é imperioso entregar-se ao estudo incessante para atender às exigências do magistério. Esforça-se o acadêmico pela conquista do diploma que lhe autoriza o exercício da profissão liberal. Laureado pela distinção, sente-se compelido a trabalho infatigável, de modo a sustentar-se na responsabilidade em que anela viver.
Assim, também, o matrimônio.

2 - Como interpretar as contrariedades e desgostos domésticos?
Emmanuel - O homem e a mulher aguardam o casamento, embalados na melodia do sonho, entretanto, atingida a convivência no lar, surgem as obrigações, decorrentes do pretérito, através do programa de serviço traçado para cada um de nós pela reencarnação, que nos compele a retomar, na intimidade, todos os nossos erros e desacertos.
Fácil, dessa forma, reconhecer que todas as dificuldades domésticas são empeços, trazidos por nós próprios, das existências passadas.

3 - De modo geral, quem é, nas leis do destino, o marido faltoso?
Emmanuel - Marido faltoso é aquele mesmo homem que, um dia, inclinamos à crueldade e à mentira.

4 - E a esposa desequilibrada?
Emmanuel - Esposa desequilibrada é aquela mulher que, certa feita, relegamos à necessidade e à viciação.

5 - Que são os filhos-problemas?
Emmanuel - Filhos-problemas são aqueles mesmos espíritos que prejudicamos, desfigurando-lhes o caráter e envenenando-lhes os sentimentos.

6 - Qual a função essencial do lar e da família?
Emmanuel - No caminho familiar, purificam-se impulsos e renovam-se decisões. Nele encontramos os estímulos ao trabalho e as tentações que nos comprovam as qualidades adquiridas, as alegrias que nos alentam e as dores que nos corrigem.

7 - Como é encarado o divórcio nos planos superiores do Espírito?
Emmanuel - O divórcio, conquanto às vezes necessário, não é caminho salvador quando lutas se agravem. Ninguém colhe flores do plantio de pedras. Só o tempo consegue dissipar as sombras que amontoamos com o tempo. Só o perdão incondicional apaga as ofensas; apenas o bem extingue o mal.

8 - Existem casos francamente insolúveis nos casamentos desventurados; não será o divórcio o mal menor para evitar maiores males?
Emmanuel - Muitos dizem que o divórcio é válvula de escape para evitar o crime e não ousamos contestar. Casos surgem nos quais ele funciona, por medida lamentável, afastando males maiores, qual amputação que evita a morte, mas será sempre quitação adiada, à maneira de reforma do débito contraído.

9 - Por mais ríspidas se façam as lutas, no casamento, é melhor permanecer dentro dele?
Emmanuel - Pagar é libertar-se, aprender é assimilar a lição.

10 - Quais são as piores conseqüências das ligações carnais desditosas, além daquelas que se apresentam nos sofrimentos das frustrações ou lesões emotivas?
Emmanuel - É forçoso observar que da afeição sexual descontrolada surgem muitas calamidades para a vida do Espírito, dentre as quais destacaremos, a par da fascinação ou do ódio, nos problemas da obsessão, o suicídio e o aborto, como sendo as mais lastimáveis.

11 - Como é interpretado o aborto nos planos superiores da Vida Espiritual?
Emmanuel - O aborto provocado, mesmo diante de regulamentos humanos que o permitam, é um crime perante as Leis de Deus.

12 - Quais os resultados imediatos do aborto para as mães e pais que o praticam?
Emmanuel - Praticando o aborto, mães e pais cruéis ou irresponsáveis afastam de si mesmos os recursos de reabilitação e felicidade que lhes iluminariam, mais tarde, os caminhos, seja impedindo a reencarnado de Espíritos amigos que lhes garantiriam a segurança e o reconforto ou impedindo o renascimento de antigos desafetos, com os quais poderiam adquirir a própria tranqüilidade pela solução de velhas contas.

13 - O aborto oferece conseqüências dolorosas especiais para as mães?
Emmanuel - O aborto oferece funestas intercorrências para as mulheres que a ele se submetem, impelindo-as à desencarnação prematura, seja pelo câncer ou por outras moléstias de formação obscura, quando não se anulam os aflitivos processos de obsessão.

14 - E para os pais?
Emmanuel - Os pais que cooperam nos delitos do aborto, tanto quanto os ginecologistas que o favorecem, vêm a sofrer os resultados da crueldade que praticam, atraindo sobre as próprias cabeças os sofrimentos e os desesperos das próprias vítimas, relegadas por eles aos percalços e sombras da vida espiritual de esferas inferiores.

15 - As criaturas que se suicidaram em razão das desilusões encontradas nas ligações afetivas, agravam os sofrimentos de outrem, além dos sofrimentos que elas próprias encontram?
Emmanuel - Muitos Espíritos fracos, que por razões de infelicidade na afeição sexual atiram-se ao suicídio, encontram padecimentos gigantescos, como quem salta no escuro sobre precipícios de brasas, criando derivações de angústia para os causadores de semelhantes tragédias.

16 - Os casos de suicídio nas uniões carnais infelizes agravam provas em casamentos futuros?
Emmanuel - Quantos violam a passagem da morte, crendo erroneamente alcançar o repouso, nada mais encontram senão suplício e desespero, a gerarem, no âmago de si mesmos, os pavorosos conflitos, que apenas as reencarnações regenerativas conseguem remediar.
Saibamos tolerar com paciência as provações que o mundo nos ofereça, criando o bem sobre todos os males que nos cheguem das existências que já vivemos, na convicção de que fugir ao dever – por mais doloroso seja o dever que nos caiba – será sempre abraçar o pior. Em quaisquer atribulações ou dificuldades, a nossa obrigação individual é fazer o melhor ao nosso alcance para que o bem triunfe.

17 - Que fazer para extinguir os males evidentes das ligações afetivas inconsideradas e desditosas?
Emmanuel - Em todos os departamentos da luta humana, os compromissos do passado reaparecem. Indispensável revestir-se a alma de forças para vencer, em si mesma, os pontos vulneráveis que, em outro tempo, a fizeram cair.

18 - Qual a direção pessoal que devemos adotar para vencer os dissabores do lar infeliz?
Emmanuel - Evitemos o divórcio, tanto quanto possível, e combatemos o aborto e o suicídio com todos os recursos de raciocínio e esclarecimento de que possamos dispor.
O divórcio adia o resgate.
O aborto complica o destino.
O suicídio agrava todos os sofrimentos.

EMMANUEL 
(Do livro “Leis Do Amor”, Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira) 
Fonte: Universo Espírita


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1 - Qual é a conduta afetiva entre as almas enobrecidas?
André Luiz - Quanto mais elevado o grau de aprimoramento da alma, mais reclamará espontaneamente de si própria a necessária disciplina das energias do mundo afetivo, somente despendendo-as no circuito de forças em que se completa com a alma a que se encontra consorciada, ou, então, em serviço nobre, através do qual opera a evasão das cargas magnéticas de seus impulsos genésicos, transferindo-as para o trabalho em que se lhe projetam a sensibilidade e a inteligência.


Isso acontece no plano físico, entre aqueles cujo sistema psíquico já se distanciou suficientemente das emoções vulgares, ajustando-se em complementação fluídica ideal as almas irmãs que se matrimoniam.
Interrompida a aliança física na esfera carnal, por interferência da morte, o homem ou a mulher, consagrados à sublimação íntima, se associam, quase sempre, à companheira ou ao companheiro levados à viuvez, em construtivas simbioses de ação, seja no amparo aos filhos, ainda necessitados de assistência, ou na extensão de obras edificantes, porquanto os espíritos que verdadeiramente se amam desconhecem o que seja abandono ou esquecimento.
Atentos ao mesmo princípio de aprimoramento, aqueles que ajustam em matrimônio superior, no Plano Espiritual, permutam as próprias forças, em constante circuito energético, pela qual atendem a vastíssimas obras de benemerência, na criação mental de valores necessários ao progresso comum, dentro da euforia permanente que o amor sublime lhes confere. 


E, em lhes faltando a companhia, por intermédio da qual se integram nos mais altos ideais de burilamento e beleza, mobilizam as próprias cargas magnéticas criadoras em serviço à coletividade, com o que se elevam mais intensamente na escala da sublimação moral, ou, então - o que é mais freqüente - buscam olvidar as próprias possibilidades de maior ascensão, solicitando posições apagadas e humildes ao pé daqueles a quem se devotam, a fim de ajudá-los na execução das tarefas que lhe foram assinaladas ou no pagamento das dívidas com que ainda se oneram perante a Lei.

3 - Poderíamos receber algumas noções acerca do matrimônio, bem como do divórcio no Plano Físico, examinados espiritualmente?


André Luiz - Nas esferas elevadas, as almas superiores identificam motivo de honra no serviço de amparo aos companheiros menos evolvidos que estagiam nos planos inferiores.
Não podemos olvidar que, na Terra, o matrimônio pode assumir aspectos variados, objetivando múltiplos fins. Em razão disso, acidentalmente, o homem ou a mulher encarnados podem experimentar o casamento terrestre diversas vezes, sem encontrar a companhia das almas afins com as quais realizariam a união ideal. Isso porque, comumente, é preciso resgatar essa ou aquela dívida que contraímos com a energia sexual, aplicada de maneira infeliz, ante os princípios de causa e efeito.


Entretanto, se o matrimônio expiatório ocorre em núpcias secundárias, o cônjuge liberado da veste física, quando se ajuste à afeição nobre, freqüentemente se coloca a serviço da companheira ou do companheiro na retaguarda, no que exercita a compreensão e o amor puro. Quanto à reunião no Plano Espiritual, é razoável se mantenha aquela em que prevaleça a conjunção dos semelhantes, no grau mais elevado da escala de afinidades eletivas. Se os viúvos e as viúvas das núpcias efetuadas em grau menor de afinidade demonstram sadia condição de entendimento, são habitualmente conduzidos, depois da morte, ao convívio do casal restituído à comunhão, desfrutando posição análoga à dos filhos queridos junto dos pais terrenos, que por eles se submetem aos mais eloqüentes e multifários testemunhos de caridade e sacrifício pessoal para que atendam, dignamente, à articulação dos próprios destinos.


Contudo, se a desesperação do ciúme ou a nuvem do despeito enceguecem esse ou aquele membro da equipe fraterna, os cônjuges reassociados no plano superior amparam-lhe a reencarnação, à maneira de benfeitores ocultos, interpretando-lhes a rebelião por sintoma enfermiço, sem lhes retirar o apoio amigo, até que se reajustem no tempo.


Ninguém veja nisso inovação ou desrespeito ao sentimento alheio, porquanto o lar terrestre enobrecido, se analisado sem preconceitos, permanece estruturado nessas mesmas bases essenciais, de vez que os pais humanos recebem , muitas vezes, por filhos e filhas, aqueles mesmos laços do passado, com os quais atendem ao resgate de antigas contas, purificando emoções, renovando impulsos, partilhando compromissos ou aprimorando relações afetivas de alma para alma. É nessa condição que em muitas circunstâncias surgem nas entidades renascentes, sem que o véu da reencarnação lhes esconda de todo a memória, as psiconeuroses e fixações infanto-juvenis, cuja importância na conduta sexual da personalidade é exagerada em excesso pelos sexólogos e psicanalistas da atualidade, carentes de mais amplo contato com as realidades do Espírito e da reencarnação, que lhe permitiriam ministrar aos seus pacientes mais efetivo socorro de ordem moral.


Quanto ao divórcio, segundo os nossos conhecimentos no Plano Espiritual, somos de parecer não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum.
Mal saídos do regime poligâmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar dos postos de serviço em que a vida os situa, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre simplesmente atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores. E com isso exercem viciosa tirania sobre o sistema psíquico do companheiro ou da companheira mutilados ou doentes, necessitados ou ignorantes, após explorar-lhes o mundo emotivo, quando não se internam pelas aventuras do homicídio ou do suicídio espetaculares, com a fuga voluntária de obrigações preciosas.


É imperioso, assim, que a sociedade humana estabeleça regulamentos severos a benefício de nossos irmãos contumazes na infidelidade aos compromissos assumidos consigo próprios, a benefício deles, para que não se agreguem a maior desgoverno, e a benefício de si mesma, a fim de que não regresse à promiscuidade aviltante das tabas obscuras, em que o princípio e a dignidade da família ainda são plenamente desconhecidos.
Entretanto, é imprescindível que o sentimento de humanidade interfira nos casos especiais, em que o divórcio é o mal menor que possa surgir entre os grandes males pendentes sobre a fronte do casal, sabendo-se, porém, que os devedores de hoje voltarão amanhã ao acerto das próprias contas.

2 - Como compreenderemos os casos de gestação frustrada quando não há Espírito reencarnante para arquitetar as formas do feto?"

André Luiz - Em todos os casos em que há formação fetal, sem que haja a presença de entidade reencarnante, o fenômeno obedece aos moldes mentais maternos.
Dentre as ocorrências dessa espécie há, por exemplo, aquelas nas quais a mulher, em provação de reajuste do centro genésico, nutre habitualmente o vivo desejo de ser mãe, impregnando as células reprodutivas em elevada percentagem de atração magnética, pela qual consegue formar com o auxílio da célula espermática um embrião frustrado que se desenvolve, embora inutilmente, na medida de intensidade do pensamento maternal, que opera, através de impactos sucessivos, condicionando as células do aparelho reprodutor, que lhe respondem aos apelos segundo os princípios de automatismo e reflexão. Em contrário, há, por exemplo, os casos em que a mulher, por recusa deliberada à gravidez de que já se acha possuída, expulsa a entidade reencarnante nas primeiras semanas de gestação, desarticulando os processos celulares da constituição fetal e adquirindo, por semelhante atitude, constrangedora dívida ante o Destino. 

3 - Reconhecendo-se que os crimes do aborto provocado criminosamente surgem, em esmagadora maioria, nas classes mais responsáveis da comunidade terrestre, como identificar o trabalho expiatório que lhes diz respeito, se passam quase totalmente despercebidos da justiça humana?


André Luiz - Temos no Plano Terrestre cada povo com seu código penal apropriado à evolução em que se encontra, mas, considerando o universo em sua totalidade como o Reino Divino, vamos encontrar o Bem do Criador para todas as criaturas, como Lei Básica, cujas transgressões deliberadas são corrigidas no próprio infrator, com o objetivo natural de conseguir-se, em cada círculo de trabalho no Campo Cósmico, o máximo de equilíbrio com o respeito máximo aos direitos alheios, dentro da mínima quota de pena.
Atendendo-se, no entanto, a que a Justiça Perfeita se eleva, indefectível, sobre o Perfeito Amor, no hausto de Deus "em que nos movemos e existimos", toda reparação, perante a Lei Básica a que nos reportamos, se realiza em termos de vida eterna e não segundo a vida fragmentária que conhecemos na encarnação humana, porquanto, uma existência pode estar repleta de acertos e desacertos, méritos e deméritos e a Misericórdia do Senhor preceitua, não que o delinqüente seja flagelado, com extensão indiscriminada de dor expiatória, o que seria volúpia de castigar nos tribunais do destino, invariavelmente regidos pela Equidade Soberana, mas sim que o mal seja suprimido de suas vítimas, com a possível redução de sofrimento.


Desse modo, segundo o princípio universal do Direito Cósmico e expressar-se, claro, nos ensinamentos de Jesus que manda conferir "a cada um de acordo com as próprias obras", arquivamos em nós as raízes do mal que acalentamos para extirpá-las à custa do esforço próprio, em companhia daqueles que se nos afinem à faixa de culpa, com os quais, perante a Justiça Eterna, os nossos débitos jazem associados.


À face de semelhante fundamentos, certa romagem na carne, entremeada de créditos e dívidas, pode terminar com aparências de regularidade irrepreensível para a alma que desencarna, sob o apreço dos que lhe comungam a experiência, seguindo-se de outra em que essa mesma criatura assuma a empreitada do resgate próprio, suportando nos ombros as conseqüências das culpas contraídas diante de Deus e de si mesma, afim de reabilitar-se ante a Harmonia Divina, caminhando, assim, transitoriamente, ao lado de espíritos incursos em regeneração da mesma espécie.


É dessa forma que a mulher e o homem, acumpliciados nas ocorrências do aborto delituoso, mas principalmente a mulher, cujo grau de responsabilidade nas faltas dessa natureza é muito maior, à frente da vida que ela prometeu honrar com nobreza, na maternidade sublime, desajustam as energias psicossomáticas, com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutescerão, mais tarde, em regime de produção a tempo certo.
Isso ocorre não somente porque o remorso se lhes entranhe no ser, à feição de víbora magnética, mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero e, por vezes, de revolta e vingança dos Espíritos que a Lei lhes reservara para filhos do próprio sangue, na obra de restauração do destino.


No homem, o resultado dessas ações aparece, quase sempre, em existência imediata àquela na qual se envolveu em compromissos desse jaez, na forma de moléstias testiculares, disendocrinias diversas, distúrbios mentais, com evidente obsessão por parte de forças invisíveis emanadas de entidades retardatárias que ainda encontram dificuldade para exculpar-lhes a deserção.
Nas mulheres, as derivações surgem extremamente mais graves. O aborto provocado, sem necessidade terapêutica, revela-se matematicamente seguido por choques traumáticos no corpo espiritual, tantas vezes quantas se repetir o delito de lesa-maternidade, mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis, além da morte, de vez que, por mais extensas se lhe façam as gratificações e os obséquios do Espíritos Amigos e Benfeitores que lhe recordam as qualidades elogiáveis, mais se sentem diminuídas moralmente em si mesmas, com o centro genésico desordenado e infeliz, assim como alguém indebitamente admitido num festim brilhante, carregando uma chaga que a todo instante se denuncia.


Dessarte, ressurgem na vida física, externando gradativamente, na tessitura celular de que se revestem, a disfunção que podemos nomear como sendo a miopraxia do centro genésico atonizado, padecendo, logo que reconduzidas ao curso da maternidade terrestre, as toxemias da gestação. Dilapidado o equilíbrio do centro referido, as células ciliadas, mucíparas e intercalares não dispõe da força precisa na mucosa tubária para a condução do óvulo na trajetória endossalpingeana, nem para alimentá-lo no impulso da migração por deficiência hormonal do ovário, determinando não apenas os fenômenos da prenhez ectópica ou localização heterotópica do ovo, mas também certos síndromes hemorrágicos de suma importância, decorrentes da nidação do ovo fora do endométrio ortotópico, ainda mesmo quando este já esteja acomodado na concha uterina, trazendo habitualmente os embaraços da placentação baixa ou a placenta prévia hemorragípara que constituem, na parturição, verdadeiro suplício para as mulheres portadoras do órgão germinal em desajuste.
Enquadradas na arritmia do centro genésico, outras alterações orgânicas aparecem, flagelando a vida feminina, , como sejam o descolamento da placenta eutópica, por hiperatividade histolítica da vilosidade corial; a hipocinesia uterina, favorecendo a germicultura do estreptococo ou do genococo, depois das crises endometríticas puerperais, a salpingite tuberculosa, a degeneração cística do cório; a salpigooforite, em que o edema e o exsudato fibrinosos provocam a aderência das pregas da mucosa tubária, preparando campo propício às grandes inflamações anexiais, em que o ovário e a trompa experimentam a formação de tumores purulentos que os identificam no mesmo processo de desagregação; os síndromes circulatórios da gravidez aparentemente normal, quando a mulher, no pretérito, viciou também o centro cardíaco, em conseqüência do aborto calculado e seguido por disritmia das forças psicossomáticas que regulam o eixo elétrico do coração, ressentindo-se, como resultado, na nova encarnação e em pleno surto de gravidez, da miopraxia do aparelho cardiovascular, com aumento da carga plasmática na corrente sanguínea, por deficiência no orçamento hormonal, daí resultando graves problemas da cardiopatia conseqüente.


Temos ainda a considerar que a mulher sintonizada com os deveres da maternidade na primeira ou, às vezes, até na segunda gestação, quando descamba para o aborto criminoso, na geração dos filhos posteriores, inocula, automaticamente no centro genésico e no centro esplênico do corpo espiritual as causas sutis de desequilíbrio recôndito, a se lhe evidenciarem na existência próxima pela vasta acumulação do antígeno que lhe imporá as divergências sanguíneas com que asfixia, gradativamente, através da hemólise, o rebento de amor que alberga carinhosamente no próprio seio, a partir da segunda ou terceira gestação, porque as enfermidades do corpo humano, como reflexos das depressões profundas da alma, ocorrem dentro de justos períodos etários.
Além dos sintomas que abordamos em sintética digressão na etiopatogenia das moléstias do órgão genital da mulher, surpreenderemos largo capítulo a ponderar no campo nervoso, à face da hiperexitação do centro cerebral, com inquietantes modificações da personalidade, a raiarem, muitas vezes, no martirológico da obsessão, devendo-se ainda salientar o caráter doloroso dos efeitos espirituais do aborto criminoso, para os ginecologistas e obstetras delinqüentes.

Para melhorar a própria situação, que deve fazer a mulher que se reconhece, na atualidade, com dívidas no aborto provocado, antecipando-se, desde agora, no trabalho de sua própria melhoria moral, antes que a próxima existência lhe imponha as aflições regenerativas? 
André Luiz - Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias. Quem ontem abandonou os próprios filhos pode hoje afeiçoar-se aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação.
O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do Apóstolo Pedro (I Pedro, 4:8), adverte-nos quanto à necessidade de cultivarmos ardente carinho uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males.

4 - Podemos considerar a desencarnação da alma, em plena infância, como sendo uma punição das Leis Divinas, na maioria das vezes?


André Luiz - Muitas existências são frustradas no berço, não por simples punição externa da Lei Divina, mas porque a própria Lei Divina funciona em nós, desde que todos existimos no hausto do Criador.
Freqüentemente, através do suicídio, integralmente deliberado, ou do próprio desregramento, operamos em nossa alma calamitosos desequilíbrios, quais tempestades ocultas, que desencadeamos, por teimosia, no campo da natureza íntima. Cargas venenosas, instrumentos perfurantes, projéteis fulminatórios, afogamentos, enforcamentos, quedas calculadas de grande altura e multiformes viciações com que as criaturas responsáveis arruínam o próprio corpo ou o aniquilam, impondo-lhe a morte prematura, com plena desaprovação da consciência, determinam processos degenerativos e desajustes nos centros essenciais do psicossoma, notadamente naqueles que governam o córtex encefálico, as glândulas de secreção interna, a organização emotiva e o sistema hematopoético.


Ante o impacto da desencarnação provocada, semelhantes recursos da alma entram em pavoroso colapso, sob traumatismo profundo, para o qual não há termo correlato na diagnose terrestre.
Indescritíveis flagelações que vão da inconsciência descontínua à loucura completa, senhoreiam essas mentes torturadas, por tempo variável, conforme as atenuantes e agravantes da culpa, induzindo as autoridades superiores a reinterná-las no plano carnal, quais enfermos graves, em celas físicas de breve duração, para que se reabilitem, gradativamente, com a justa cooperação dos Espíritos reencarnados, cujos débitos com eles se afinem.


Eis porque um golpe suicida no coração, acompanhado pelo remorso, causará comumente diátese hemorrágica, com perda considerável da protombina do sangue, naqueles que renascem para tratamento de recuperação do corpo espiritual em distonia; o auto-envenenamento ocasionará, nas mesmas condições, deploráveis desarmonias nas regiões psicossomáticas correspondentes à medula vermelha, conturbando o nascimento das hemácias, tanto em sua evolução intravascular, dentro dos sinusóides, como também na sua constituição extravascular, no retículo, gerando as distrofias congênitas do eritrônio com hemopatias diversas; os afogamentos e enforcamentos, em identidade de circunstancias, impõem naqueles que os provocam os fenômenos da incompatibilidade materno-fetal, em que os chamados fatores Rh, de modo geral, após a primeira gestação, permitem que a hemolisina alcancem a fronteira placentária, sintonizando-se com a posição mórbida da 
entidade reencarnante, a se externarem na eritroblastose fetal, em suas variadas expressões; e o voluntário esfacelamento do crânio, a queda procurada de grande altura e as viciações do sentimento e do raciocínio estabelecem no veículo espiritual múltiplas ocorrências de arritmia cerebral, a se revelarem nos doentes renascituros, através da eclampsia e da tetania dos lactentes, da hidrocefalia, da encefalite letárgica, das encefalopatias crônicas, da psicose epilética, da idiotia, do mongolismo e de várias morboses oriundas da insuficiência glandular.


Claro está que não relacionamos nessa sucinta relação os problemas do suicídio associado ao homicídio, os quais, muita vez, se fazem seguidos, em reencarnação posterior do infeliz ato, por lamentáveis reações, com a morte acidental ou violenta na infância, traduzindo estação inevitável no ciclo do resgate. No que tange, porém, às moléstias mencionadas, surgem todas elas nos mais diferentes períodos, crestando a existência do veículo físico, via de regra, desde a vida "in útero" até os dezoito e vinte anos de experiência recomeçante, e, como vemos, são doenças secundárias, porquanto a etiologia que lhes é própria reside na estrutura complexa da própria alma.
Urge ainda considerar que todos os enfermos dessa espécie são conduzidos a outros enfermos espirituais - os homens e as mulheres que corromperam os próprios centros genésicos pela delinqüência emotiva ou pelos crimes reiterados do aborto provocado, em existências do pretérito próximo, para que, servindo na condição de atendentes e guardiães de companheiros que também se conspurcaram perante a Eterna Justiça, se recuperem, a seu turno, regenerando a si mesmos pelo amoroso devotamento com que lutam e choram, no amparo aos filhinhos condenados à morte, ou atormentados desde o berço.


Segundo observamos, portanto, as existências interrompidas no alvorecer do corpo denso, raramente constituem balizas terminais de prova indispensáveis na senda humana, porque, na maioria dos sucessos em que se evidenciam, representam cursos rápidos de socorro ou tratamento do corpo espiritual desequilibrado por nossos próprios excessos e inconseqüências, compelindo-nos a reconhecer, com o Apóstolo Paulo (I Coríntios, 6:19-20 - Nota do autor), que o nosso instrumento de manifestação, seja onde for, é templo da Força Divina, por intermédio do qual, associando corpo e alma, nos cabe a obrigação de aperfeiçoar-nos, aprimorando a vida, na exaltação constante a Deus.

ANDRÉ LUIZ
(Do livro "Evolução em Dois Mundos", Parte II, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)


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5 - OBSESSÃO - CAUSAS - DESOBSESSÃO - MEDIUNIDADE - TERAPÊUTICA DA OBSESSÃO

1 - Existe relação entre obsessão e correntes mentais?
Emmanuel - Quem se refere à obsessão há de reportar-se, necessariamente, às correntes mentais. O pensamento é a base de tudo.

2 - Todos temos desafetos do pretérito?
Emmanuel - Inegável que todos carreamos ainda, do pretérito ao presente, enorme carga de desafetos.

3 - Qual a nossa posição, depois de desencarnados, quando não somos integralmente bons, nem integralmente maus?
Emmanuel - Quando desencarnados, em condições relativamente felizes, guardadas as justas exceções, somos equiparados a devedores em refazimento, habilitando-nos, pelo trabalho e pelo estudo, ao prosseguimento do resgate dos compromissos de retaguarda.

4 - Onde somos defrontados com mais freqüência pelos desafetos do passado, na Terra ou no Plano Espiritual?
Emmanuel - É compreensível que seja na esfera física que mais direta e freqüentemente nos abordem aqueles mesmos Espíritos a quem ferimos ou com quem nos acumpliciamos na delinqüência.

5 - Como poderíamos classificar aqueles que em outras existências nos foram inimigos ou de quem fomos adversários e que, no presente, desempenham, na base da profissão ou da família, o papel de nossos companheiros e de nossos parentes?
Emmanuel - São elas as testemunhas de nosso aperfeiçoamento, experimentando-nos as energias morais, quando não lhes suportamos o permanente convívio, por força das provas regenerativas que trazemos ao renascer. Acompanha-nos por instrumentos do progresso a que aspiramos, vigiam-nos as realizações e policiam-nos os impulsos.

6 - Quando estaremos realmente em paz com todos aqueles que ainda são para nós aversões naturais ou pessoas difíceis?
Emmanuel - Um dia, chegaremos a agradecer-lhes a colaboração, imitando o aluno que, incomodado na escola, se rejubila, mais tarde, por haver passado sob as atenções do professor exigente.

7 - Como se transformam os nossos adversários do passado?
Emmanuel - Nos processos da obsessão, urge reconhecer que os nossos opositores ou adversários se transformam para o bem, à medida que, de nossa parte, nos transformamos para melhor.

8 - As sessões de desobsessão têm valor? Em que condições?
Emmanuel - Toda recomendação verbal e todo entendimento pela palavra, através das sessões de desobsessão, se revestem de profundo valor, mas somente quando autenticados pelo nosso esforço de reabilitação íntima, sem a qual todas as frases enternecedoras passarão, infrutífera, qual música emocionante sobre a vasa do charco.

9 - Em que tempo e situação no podem atingir os fenômenos deprimentes da obsessão?
Emmanuel - Salientando-se que o pensamento é a alavanca de ligação, para o bem ou para o mal, é muito fácil perceber que os fenômenos deprimentes da obsessão podem atingir-nos, em qualquer condição e em qualquer tempo.

1 0 - É preciso que o obsidiado observe a própria vida mental para contribuir para as próprias melhorias?
Emmanuel - Sim. As correntes mentais são tão evidentes quanto as correntes elétricas, expressando potenciais de energias para realizações que nos exprimem direção, propósito ou vontade, seja para o mal ou para o bem.

11 - Qual o papel do desejo, da palavra, da atividade e da ação no fenômeno obsessivo?
Emmanuel - Cada um de nós é acumulador por si, retendo as forças construtivas ou destrutivas que geramos. Desejo, palavra, atitude e ação representam eletroímãs, através dos quais atraímos forças iguais àquelas que exteriorizamos, no rumo dos semelhantes.

12 - Quais as conseqüências para quem se detém em qualquer aspecto do mal?
Emmanuel - Deter-nos, em qualquer aspecto do mal, é aumentar-lhe a influência, sobre nós e sobre os outros.

13 - Qual a relação entre as manifestações do sentimento aviltado e os desequilíbrios da personalidade?
Emmanuel - Todas as manifestações de sentimento aviltado quais sejam a calúnia e a maledicência, a cólera e o ciúme, a censura e o sarcasmo, a intemperança e a licenciosidade, estabelecem a comunicação espontânea com os poderes que os representa, nos círculos inferiores da natureza, criando distonias e enfermidades, em que se levantam fobias e fixações, desequilíbrios e psicoses, a evoluírem para a alienação mental declarada.

14 - O que nos acontece moralmente quando emitimos um pensamento?
Emmanuel - Emitindo um pensamento, colocamos um agente energético em circulação, no organismo da vida – agente esse que retornará fatalmente a nós, acrescido do bem ou do mal de que o revestimos.

15 - Qual a relação entre os nossos pontos vulneráveis e o retorno do mal que praticamos?
Emmanuel - Compreendendo-se que cada um de nós possui pontos vulneráveis, no estado evolutivo deficitário em que ainda nos encontramos, toda vez que o mal se nos associe a essa ou àquela idéia, teremos o mal de volta a nós mesmos, agravando-se doenças e fraquezas, obsessões e paixões.

16 - O que recebemos dos outros?
Emmanuel - Assimilamos dos outros o que damos de nós.

17 - Que imagens reflete o espelho da mente?
Emmanuel - A mente pode ser comparada a espelho vivo, que reflete as imagens que procura.

18 - Qual o nexo existente entre a obsessão e os interesses da criatura?
Emmanuel - A obsessão, em qualquer tipo pelo qual se expresse, está fundamentalmente vinculada aos processos mentais em que se baseiam os interesses da criatura.

19 - As companhias têm influência na obsessão?
Emmanuel - Assevera o Cristo: “Busca e acharás”. Encontraremos, sim, os companheiros que buscamos, seja par ao bem ou para o mal.

20 - Qual a solução mais simples ao problema da obsessão?
Emmanuel - Consagremo-nos à construção do bem de todos; cada dia e cada hora, porquanto caminhar entre Espíritos nobres ou desequilibrados; sejam eles encarnados ou desencarnados, será sempre questão de escolha e sintonia.

EMMANUEL (Do livro “Leis Do Amor”, Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira) Fonte: Universo Espírita
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1 - Se uma criatura desencarna deixando inimigos na Terra; é possível que continue perseguindo o seu desafeto, dentro da situação de invisibilidade?
Emmanuel - Isso é possível e quase geral, no capítulo das relações terrestres, porque, se o amor é o laço que reúne as almas nas alegrias da liberdade, o ódio e a algema dos forçados, que os prende reciprocamente no cárcere da desventura.


Se alguém partiu odiando, e se no mundo o desafeto faz questão de cultivar os germens da antipatia e das lembranças cruéis, é mais que natural que, no plano invisível, perseverem os elementos da aversão e da vindita implacáveis, em obediência às leis de reciprocidade, depreendendo-se daí a necessidade do perdão com o inteiro esquecimento do mal, a fim de que a fraternidade pura se manifeste através da oração e da vigilância, convertendo o ódio em amor e piedade, com os exemplos mais santos, no Evangelho de Jesus.

2 – No caso das perseguições dos inimigos espirituais, a ação deles se realiza sem o conhecimento dos nossos guias amorosos e esclarecidos?
Emmanuel - As chamadas atuações do plano invisível, de qualquer natureza, não se verificam à revelia de Jesus e de seus prepostos, mentores do homem na sua jornada de experiências para o conhecimento e para a luz.
As perseguições de um inimigo invisível têm um limite e não afetam o seu objeto senão na pauta de sua necessidade própria, porquanto, sob os olhos amoráveis dos vossos guias do plano superior, todos esses movimentos têm uma finalidade sagrada, como a de ensinar-vos a fortaleza moral, a tolerância, a paciência, a conformação, nos mais sagrados imperativos da fraternidade e do bem.

NA MEDIUNIDADE:


1 - Como entender a obsessão: É prova, inevitável, ou acidente que se possa afastar facilmente, anulando-se os efeitos?
Emmanuel - A obsessão é sempre uma prova, nunca um acontecimento eventual. No seu exame, contudo, precisamos considerar os méritos da vítima e a dispensa da misericórdia divina a todos os que sofrem.
Para atenuar ou afastar os seus efeitos, é imprescindível o sentimento do amor universal no coração daquele que fala em nome de Jesus. Não bastarão as fórmulas doutrinárias. É indispensável a dedicação, pela fraternidade mais pura. 


Os que se entregam à tarefa da cura das obsessões precisam ponderar, antes de tudo, a necessidade de iluminação interior do médium perturbado, porquanto na sua educação espiritual reside a própria cura. Se a execução desse esforço não se efetua, tende cuidado, porque, então, os efeitos serão extensivos a todos os centros de força orgânica e psíquica. O obsidiado que entrega o corpo, sem resistência moral, as entidades ignorantes e perturbadas, é como o artista que entregasse seu violino precioso a um malfeitor, o qual, um dia, poderá renunciar à posse do instrumento que lhe não pertence, deixando-o esfacelado, sem que o legítimo, mas imprevidente dono, possa utiliza-lo nas finalidades sagradas da vida.

2 - Será sempre útil, para a cura de um obsidiado, a doutrinação do Espírito perturbado, por parte de um espiritista convicto?
Emmanuel - A cooperação do companheiro vale muito e faz sempre grande bem, principalmente ao desencarnado; mas a cura completa do médium não depende tão-só desse recurso, porque, se é fácil, às vezes, o esclarecimento da entidade infeliz e sofredora, a doutrinação do encarnado é a mais difícil de todas, visto requisitar os valores do seu sentimento e da sua boa-vontade, sem o que a cura psíquica se torna inexeqüível.

3 - Pode a obsessão transformar-se em loucura?
Emmanuel - Qualquer obsessão pode transformar-se em loucura, não só quando a lei das provações assim o exige, como também na hipótese de o obsidiado entregar-se voluntariamente ao assédio das forças noviças que o cercam, preferindo esse gênero de experiências.

EMMANUEL (Da Obra “O CONSOLADOR”, Francisco Cândido Xavier, FEB)


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1 - Como iniciou-se a obsessão e o vampirismo na sociedade humana?


André Luiz - Encontramos os circuitos de obsessão e de vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras recuadas em que o espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina a renunciar ao egoísmo e à crueldade, à ignorância e ao crime.


Rebelando-se, no entanto, em grande maioria, contra as sagradas convocações, e livres para escolher o próprio caminho, as criaturas humanas desencarnadas, em alto número, começaram a oprimir os companheiros da retaguarda, disputando afeições e riquezas que ficavam na carne, ou tentando empreitadas de vingança e delinqüência, quando sofriam o processo liberatório da desencarnação em circunstâncias delituosas.


As vítimas de homicídio, e violência, brutalidade manifesta ou perseguição disfarçada, fora do vaso físico, entram na faixa mental dos ofensores, conhecendo-lhes a enormidade das faltas ocultas, e, ao invés do perdão, com que se exonerariam da cadeia de trevas, empenham-se em vinditas atrozes, retribuindo golpe a golpe e mal por mal. Outros desencarnados, exigindo que Deus lhes providencie solução aos caprichos pueris e proclamando-se inabilitados para o resgate do preço devido à evolução que lhes é necessária, tornam-se madraços e gozadores, e, alegando a suposta impossibilidade de a Sabedoria Divina dirimir os padecimentos dos homens, pelos próprios homens criados, fogem, acovardados e preguiçosos, aos deveres e serviços que lhes competem.

2 - Como atua o mecanismo da Justiça no Plano Espiritual?


André Luiz - No mundo espiritual, decerto, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo.
Ainda assim, existem aqui, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos.


A organização do júri, em numerosos casos, é aqui observada, necessariamente, porém, constituída de Espíritos integrados no conhecimentos do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, a fim de que as sentenças ou as informações proferidas se atenham à precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta.
Há delinqüentes tanto no plano terrestre quanto no plano espiritual, e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar a paixões e caprichos inconfessáveis.


É importante anotar, contudo, que quanto mais baixo é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o julgamento pelas autoridades cabíveis e, quanto mais avançados os valores culturais e morais do indivíduo, mais complexo é o exame dos processos de criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuam nos destinos alheios, como também porque o Espírito, quando ajustado à consciência dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles que mais ama, suplica por si mesmo a sentença punitiva que reconhece indispensável à própria restauração.

3 - Qual a terapêutica para o parasitismo da alma, ou obsessão?


André Luiz - Importa observar que todos os sofrimentos e corrigendas a que nos referimos estão conjugados para as consciências encarnadas ou não, dentro da lei de ação e reação que a cada um confere hoje o equilíbrio ou o desequilíbrio, por suas obras de ontem, reconhecendo-se também que assim como existem medidas terapêuticas contra o parasitismo no mundo orgânico, qualquer criatura encontra, na aplicação viva do bem, eficiente remédio contra o parasitismo da alma.


Não bastará, porém, a palavra que ajude e a oração que ilumina. O hospedeiro de influências inquietantes que, por suas aflições na existência carnal, pode avaliar da qualidade e extensão das próprias dívidas, precisará do próprio exemplo, no serviço do amor puro aos semelhantes, com educação e sublimação de si mesmo, porque só o exemplo é suficientemente forte para renovar e reajustar.


A ação do bem genuíno, com a quebra voluntária de nossos sentimentos inferiores, produz vigorosos fatores de transformação sobre aqueles que nos observam, notadamente naqueles que se nos agregam à existência, influenciando-nos a atmosfera espiritual, de vez que as nossas demonstrações de fraternidade inspiram nos outros pensamentos edificantes e amigos que, em circuitos sucessivos ou contínuas ondulações de energia renovados, modificam nos desafetos mais acirrados qualquer disposição hostil a nosso respeito.
Ninguém necessita, portanto, aguardar reencarnações futuras, entretecidas de dor e lágrimas, em ligações expiatórias, para diligenciar a paz com os inimigos trazidos do pretérito, porque, pelo devotamento ao próximo e pela humildade realmente praticada e sentida, é possível valorizar nossa frase e santificar nossa prece, atraindo simpatias valiosas, com intervenções providenciais, em nosso favor.


É que, em nos reparando transfigurados para o melhor, os nossos adversários igualmente se desarmam para o mal, compreendendo, por fim, que só o bem será, perante Deus, o nosso caminho de liberdade e vida.

ANDRÉ LUIZ (Evolução em Dois Mundos, Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)
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7 - COMPORTAMENTO

Pergunta: Como devemos agir para não “pecarmos” por omissão ou intromissão, não sendo nem comodista e nem inconvenientes a ponto de interferirmos no livre-arbítrio das pessoas?
Emmanuel - Com o livre-arbítrio, o espírito enfrenta as lutas, provas e experiências da vida material e espiritual, respondendo com a responsabilidade pelos atos que pratica, no contexto da Lei de Causa e Efeito. Ora, vemos assim no livre-arbítrio um bem intocável que não merece interferências, porque Deus permite que os espíritos tenham liberdade de pensar e, consequentemente, de agir.
Desta forma, o melhor conselho que se pode dar é agir em consonância com os ditames do Senhor e ter presente que todos os espíritos tendem para a perfeição.

COSTUMES
Pergunta: As crenças e costumes variam muito ao redor do mundo. Coisas que para nós são consideradas negativas (como é o caso de traição conjugal), para indígenas e esquimós são vistas cm outros olhos. O mal está na intenção ou na ação?
Emmanuel - As crenças e costumes variam no tempo e no espaço de acordo com o grau evolutivo da sociedade a que pertencem. Houve uma época em que a escravidão era considerada normal, assim como, atualmente, há países desenvolvidos economicamente que consideram legítimo o aborto e pena de morte.
De uma maneira geral, as nossas imperfeições independem do nosso grau de evolução intelectual. Contudo, o conhecimento pode nos auxiliar a diferenciar o que é moralmente correto, do quer não é. Neste caso, como em todos os outros, o mal está em não se repelir uma intenção que se sabe que é moralmente incorreta.


O espírito verdadeiramente evoluído, nem sequer cogita do mal. Chegaremos a este nível, afastando as más intenções que surjam no nosso espírito, para que, além de não se tornaram nunca ações concretas, este gênero de pensamentos enfraqueça até desaparecer por completo. Convém lembrar que este exercício é individual e que não se deva nunca impor normas de conduta a outras pessoas ou povos, pois a cada nível evolutivo corresponde um padrão de conduta adequado. O verdadeiro ensinamento é o exemplo.

BRASIL (I)

Pergunta: Com relação à situação do Brasil, em termos gerais, em que a Espiritualidade Maior pode instruir-nos a respeito?
Emmanuel - Estamos, hoje, em meio a uma crise moral de grandes proporções, o que de modo geral ampliaria os problemas cotidianos de uma nação qualquer, assim como se faz conosco. A conscientização de nossa condição de co-responsáveis por tudo que se passa ao nosso redor é o que deve prevalecer. Passamos por um momento de revisão de conceitos morais e éticos e, nesse momento, o esforço de cada membro da nossa sociedade deve estar orientado no sentido de melhor cumprir os deveres e obrigações de cidadão, com muita disciplina, vontade de melhora geral, trabalho e muita, mas muita, oração. O pensamento cristão deve prevalecer sempre.

BRASIL (II)

Pergunta: Se os Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário fossem dirigidos por pessoas espíritas e evoluídas, teríamos um país melhor?
Emmanuel - Não se trata de somente termos dirigentes espíritas, se tivéssemos dirigentes mais evoluídos certamente já teríamos hoje um país melhor. Entretanto, não se pode esquecer que uma nação não é formada apenas de dirigentes, existe em número maior o povo. E nosso povo, como um todo, precisa realmente buscar sua evolução moral e intelectual a fim de construir uma nação mais fraterna e cristã por excelência.

BRASIL (III)

Pergunta: O Brasil continua sendo o “Coração do mundo e Pátria do Evangelho?” E atualmente, no Brasil, existe algum espírito superior que possa levar o país ao desenvolvimento global?
Emmanuel - Essa denominação foi dada ao Brasil por Jesus e não lhe será tirada. Espíritos de escol têm reencarnado em todas as partes, no seio de todos os povos, para o progresso geral.
O Brasil não está desprovido dessas almas. Cabe a cada um de nós o aperfeiçoamento íntimo, que é a obrigação primeira de todo espírito encarnado e, juntos, fazendo de nossos corações e lares recantos de paz, terão um país de grandes realizações.

CONDIÇÕES DO PLANETA - I

Pergunta: O que a Doutrina Espírita pode dizer a respeito do fim dos tempos, isto é, como ocorrerá a transformação do planeta em planeta de provas e expiações para o de regeneração?
Emmanuel - Através da busca da espiritualização, superação das dores e construção de uma nova sociedade, a humanidade caminha para a regeneração das consciências. Trabalho e amor ao próximo com Jesus, este é o caminho.

Nota: Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por volta de 2057. Cabe, a cada um, longa e árdua tarefa de ascensão.
CONDIÇÕES DO PLANETA (II)

Pergunta: Qual a classificação do Planeta Terra na Hierarquia Universal? 

É verdade que a humanidade se encontra ainda no estágio animal e não hominal?
Emmanuel - Planeta de Prova e Expiação. Segundo Allan Kardec, a Terra deixará de ser um mundo de dor, de provas e de expiações, para ser um mundo de Regeneração, de reequilíbrio, de felicidade. Encontramo-nos em processo de evolução.
Encarnado no corpo do homem, o espírito lhe traz o princípio intelectual e moral que o torna superior aos animais. Purificando-se, o espírito se liberta pouco a pouco da influência da matéria. Sob essa influência aproxima-se do bruto, mas não deixa de pertencer ao reino hominal. Isento dela, elevar-se-á à sua verdadeira destinação, ou seja, a de espírito puro.

VÍCIOS (I)

Pergunta: Com relação às drogas: tive tudo, carro, casa, família e dinheiro durante 20 anos; conheci todos os tipos de vida no submundo do crime, mas não gostava. Um dia, após consumir 20 g de cocaína, resolvi parar. Hoje, sou viúvo, falido e separado da família. Luto, mas é difícil. O que o plano espiritual quer, se faço tudo com honestidade?

Emmanuel - Vinte anos de desequilíbrios íntimos, naturalmente, provocaram as perdas que o irmão hoje lamenta. Quando não usamos com sabedoria os talentos que nos são concedidos, eles escapam por entre nossos dedos, como areia.
Sendo hoje honesto você não só possibilita que o auxílio espiritual o ampare e fortifique para futuras realizações, como reajusta suas energias psíquicas, guardando as amargas lições, como indeléveis lembranças.
Jesus disse: “Das ovelhas de meu Pai, nenhuma se perderá...” Ele certamente o abençoa, para recomeçar do que parece nada, mas é o primeiro degrau da alma perfeita que você um dia será...
Muita paz!

VÍCIOS (II)
Pergunta: Qual a amizade espiritual que une pessoas que fumam, bebem, usam drogas e fazem mau uso do sexo?
Emmanuel - Na verdade, não é o tipo de amizade que une irmãos que se comprazem no erro ou no vício. É o padrão vibratório que os une, seus pensamentos sempre se encontram voltados para as práticas equivocadas a que se entregam. À vontade que alimenta o vício, a ansiedade pelo prazer desmesurado, faz com que essas pessoas se busquem naturalmente. Isso funciona da mesma forma com que o imã atraí a lima de ferro.

DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA

Pergunta: Como a Doutrina vê o Espiritismo na forma com que vem sendo abordada nas novelas?
Emmanuel - Esperamos que os meios de comunicação possam tratar as noções de vida espiritual conforme ela o é; buscando esclarecer, verdadeiramente, o grande número de espectadores quanto à realidade das influências dos chamados “mortos” nas nossas vidas terrenas e sobre a continuação da vida após a morte do corpo físico.

PRECONCEITO CONTRA OS ESPÍRITAS (I)

Pergunta: Como melhorar a convivência com as pessoas que acreditam que o Espiritismo é um erro, quando o livre-arbítrio não é respeitado dentro de casa, onde o pai segue um caminho e, por se considerar mais experiente, não aceita a religião escolhida pelos filhos?
Emmanuel - Devemos receber o preconceito contra o Espiritismo com a maior naturalidade e respeito cristão. É aí que ele cresce e se agiganta. A propósito, a grandeza do uso de livre-arbítrio depende do esforço próprio e do grau de evolução ou adiantamento do espírito.
Não adianta lutar contra o pai que não aceita a religião escolhida pelo filho. Nesse caso, ore por ele, pedindo compreensão. Essa, no nosso entender, é a melhor maneira para manter a harmonia da família.

PRECONCEITO CONTRA OS ESPÍRITAS (II)

Pergunta: Por que, quando falamos que somos espíritas, as pessoas de outras religiões se afastam?
Emmanuel - O preconceito ainda existe em relação ao Espiritismo. E devemos estar preparados para sermos tolerantes. O importante perante Deus é o convencimento da escolha da nossa religião, não importando qual.
Nesse particular, diremos que todos os caminhos levam a Deus, se entendermos que somos felizes e conscientes no respeito ao próximo e na prática da caridade.

UMBANDA???????

Pergunta: Quem são os “pretos-velhos”, “exus” e “pombas-giras” que incorporam na Umbanda? Se são espíritos de luz, por que há necessidade de cigarro, cachaça e sons barulhentos?
Emmanuel - Para espíritos de luz, ou seja, espíritos superiores e puros, não existem necessidades materiais. Os espíritos que trabalham nos terreiros, em sua grande maioria, são aqueles que ainda guardam grandes necessidades das sensações terrenas e por isso usam os médiuns para absorve-las; quando não têm, fazem-no através dos despachos. São, na classificação da Doutrina Espírita, chamados de espíritos mais simples.
É claro que existem aqueles outros que, mesmo tendo condição moral mais elevada, manifestam-se nos terreiros de Umbanda, guardando os procedimentos ali adotados.

CANDOMBLÉ
Pergunta: Qual a diferença entre as entidades de luz da Doutrina Kardecista e os orixás do Candomblé, que são reverenciados em seus templos com bons pratos, roupas tradicionais e músicas? Isso não seria prendê-los ao materialismo?
Emmanuel - Primeiro; devemos esclarecer que a Doutrina não é Kardecista e sim dos Espíritos. Allan Kardec foi o codificador dessa Doutrina, ou seja, através de método científico, reuniu e compilou, com a ajuda de vários médiuns, as informações que hoje conhecemos editadas nos livros básicos da Doutrina Espírita.
Quanto à diferença entre “entidades de luz”, ou seja, espíritos de luz e os orixás do Candomblé; esta reside no fato de que os espíritos de luz encontram-se em elevada condição de evolução moral, estando, portanto, livres das sensações materiais. 
Sem dúvida que as oferendas que recebem os “orixás” os prendem à matéria.

(Do livro “Plantão De Respostas “ – Francisco Cândido Xavier, Pinga Fogo)

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8 - DOAÇÃO DE ÓRGÃOS - COMA - EUTANÁSIA - GENÉTICA - CONTROLE DA NATALIDADE - BEBÊS DE PROVETA - INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL - DETERMINAÇÃO DE SEXO - HOMEOPATIA 

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Pergunta: O que a Doutrina Espírita pode falar a respeito de doação de órgãos, sabendo-se que o desligamento total do espírito pode às vezes ocorrer em até 24 horas e que, para a medicina, o tempo é muito importante para a eficácia dos transplantes? O Espiritismo é contra ou a favor dos transplantes?
Emmanuel - O benefício daqueles que necessitam consiste numa das maiores recompensas para o espírito. Desse modo, a Doutrina Espírita vê com bons olhos a doação de órgãos.


Mesmo que a separação entre o espírito e o corpo não se tenha completado, a Espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões penosas e sofrimentos aos doadores. A doação de órgãos não é contrária às Leis da Natureza, porque beneficia, além disso, é uma oportunidade para que se desenvolvam os conhecimentos científicos, colocando-os a serviço de vários necessitados.

COMA

Pergunta: O que se passa com os espíritos encarnados cujos corpos ficam meses, e até mesmo anos, em estado vegetativo (coma)?
Emmanuel - Seu estado será de acordo com sua situação mental. Há casos em que o espírito permanece como aprisionado ao corpo, dele não se afastando até que permita receber auxílio dos Benfeitores espirituais. São Pessoas, em geral, muito apegadas à vida material e que não se conformam com a situação.
Em outros casos, os espíritos, apesar de manterem uma ligação com o corpo físico, por intermédio do perispírito, dispõem de uma relativa liberdade. Em muitas ocasiões, pessoas saídas do coma descrevem as paisagens e os contatos com seres que os precederam na passagem para a Vida Espiritual. É comum que após essas experiências elas passem a ver a vida com novos olhos, reavaliando seus valores íntimos.


Em qualquer das circunstâncias, o Plano Espiritual sempre estende seus esforços na tentativa de auxílio. Daí a importância da prece, do equilíbrio, da palavra amiga e fraterna, da transmissão de paz, das conversações edificantes para que haja maiores condições ao trabalho do Bem que se direciona, nessas horas, tanto ao enfermo como aos encarnados (familiares e médicos)

EUTANÁSIA

Pergunta: Qual postura se deve ter perante a eutanásia? Estando o corpo físico sendo mantido por instrumentos, o espírito continua ligado a ele ou não?
Emmanuel - Os profissionais e responsáveis por pacientes que consentem com a prática da eutanásia, imbuída de idéias materialistas, desconhecem a realidade maior quanto à imortalidade do espírito. A morte voluntária é entendida como o fim de todos os sofrimentos, mas trata-se de considerável engano. A fuga de uma situação difícil, como a enfermidade, não resolverá as causas profundas que a produziram, já que estas se encontram em nossa consciência.


É necessário confiar, antes de tudo, na Providência Divina, já que tais situações consistem em valiosas lições em processos de depuração do espírito. Os momentos difíceis serão seguidos, mais tarde, por momentos felizes. Deve-se lembrar também que a ciência médica avança todos os dias e que males, antes incuráveis, hoje recebem tratamento adequado, além disso, em mais de uma ocasião já se verificaram casos de cura em pacientes desenganados pelos médicos.
Quanto à outra questão, respondemos que sim, os aparelhos conseguem fazer com que o espírito permaneça ligado a seu corpo por meio de laços do perispírito. Isso ocorre porque eles conseguem superar, até certo ponto, as descompensações e desarmonias no fluxo vital do organismo causado pela enfermidade.

GENÉTICA

Pergunta: A Ciência se aperfeiçoa e caminha para resolver todos os problemas genéticos, ou seja, não mais nascerão crianças defeituosas. Pode-se concluir que os espíritos necessitados não mais terão oportunidade de reencarnar com provas difíceis para cumprir?

Emmanuel - Mesmo com o aperfeiçoamento da Ciência para resolver problemas genéticos, o espírito comprometeu-se em existências anteriores cometendo delitos que justificam, hoje, o seu nascimento com defeitos físicos e, por isso, continuará tendo provações difíceis objetivando a evolução.
A Ciência humana nunca poderá superar as Leis Divinas, que são físicas e morais, sendo que as provações não são somente de ordem física, mas também moral.

CONTROLE DA NATALIDADE

Pergunta: Qual é a posição do Espiritismo quanto ao uso de anticoncepcionais à esterilização?
Emmanuel - Tendo firmes nossos valores morais, nosso discernimento determinará o número de filhos que possamos criar com alegria, dentro dos padrões de correção e bons sentimentos.
Há clara diferença entre impedir a vinda de almas através do aborto, por egoísmo e desejo de sensualidade desequilibrada, e optar por um planejamento consciente, que cabe ao casal decidir.
A Doutrina deixa nossas consciências livres para tal gesto.

BEBÊS DE PROVETA - INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Pergunta: Como a Doutrina Espírita vê a situação dos bebês de proveta, isso é certo ou errado?
Emmanuel - A Espiritualidade inspira e acompanha os progressos da ciência e os pesquisadores não conseguem realizar o que não tem apoio nos laboratórios do Infinito.
Dentro da correta orientação médica, esse tipo de concepção pode ser tratado, não nos esquecendo de que muitas crianças sem lar anseiam por nosso afeto, em caso de impedimento físico para gerar um corpo.

DETERMINAÇÃO DE SEXO
Pergunta: Como devemos encarar a possibilidade de a ciência humana patrocinar a determinação de sexo no início da gestação?
André Luiz - Compreendendo-se que nos vertebrados o desenho gonadal se reveste de potencialidades bissexuais no começo da formação, é claramente possível a intervenção da ciência terrestre na determinação do sexo, na primeira fase da vida embrionária; contudo, importa considerar que semelhante ingerência na esfera dos destinos humanos traria conseqüências imprevisíveis à organização moral, entre as criaturas, porque essa atuação indébita se verificaria apenas no campo morfológico, impondo talvez inversões desnecessárias e imprimindo graves complicações ao foro íntimo de quantos fossem submetidos a tais processos de experimentação, positivamente contrários à inteligência que reflete a Sabedoria de Deus.

HOMEOPATIA

Pergunta: É verdade que a homeopatia age no perispírito?
Emmanuel - O medicamento homeopático atua energeticamente e não quimicamente, ou seja, sua ação terapêutica vai se dar no plano dinâmico ou energético do corpo humano, que se localiza no perispírito.
A medicação estimula energeticamente o perispírito, que por ressonância vibratória equilibra as disfunções existentes, isto é, o remédio exerce dias funções enquanto atua. Por isso a homeopatia além de tratar doenças físicas, atua também no tratamento dos desequilíbrios emocionais e mentais, promovendo, então, o reequilíbrio físico-espiritual.

(Do livro “Plantão De Respostas “ – Francisco Cândido Xavier, Pinga Fogo)

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9 - DEUS - EVOLUÇÃO - REDENÇÃO

DEUS


Pergunta: Como podemos compreender Deus?
Emmanuel - Kardec inicia sua série de perguntas aos Espíritos questionando sobre o que é Deus, e a ele é feita a seguinte afirmativa: (...) “Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas”.
Questionando quando o homem compreenderia a Divindade, responderam-lhe (...) “Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá”. (Do livro Plantão de Respostas)

EVOLUÇÃO (I)

Pergunta: Por que vivemos cada vez mais pensando apenas nas coisas materiais e pouquíssimo nas espirituais?
Emmanuel - O homem atual vive deslumbrado com os bens materiais, que são colocados à sua disposição pela tecnologia que avança a cada dia através de uma propaganda que insiste em coloca-lo como caminho da felicidade. Porém, quando os adquirimos não compramos a solução para os verdadeiros problemas da alma, que são as frustrações, as angústias, a solidão e tantos outros.


Entretanto, espiritualizar-se não significa ser miserável, nem tão pouco deixar de desfrutar de maneira racional os bens materiais que o homem com sua inteligência e seu trabalho já criou. Espiritualizar-se é conduzir a vida no caminho do Bem, do amor ao próximo e da caridade material e espiritual, é fazer e domar seus mais instintos, enfim, é fazer crescer o reino de Deus dentro de nós.

EVOLUÇÃO (II)

Pergunta: Seria o esclarecimento diferente de evolução espiritual? Se for como se manter equilibrado, uma vez que os nossos erros tornam-se muito mais claros em nossas mentes?
Emmanuel - Sim, o esclarecimento é diferente de evolução porque conduz à evolução espiritual.
Quando se tem de percorrer uma estrada longa e cheia de pedregulhos, isto não se torna mais fácil quando esta estrada está iluminada? Contudo, o trajeto se torna mais curto ou menos cansativo, porque o viajante consegue enxergar o final da estrada?


O esclarecimento apenas nos mostra a direção correta a tomar, mas não poupa a caminhada para se chegar ao objetivo final que é a perfeição.
Assim, para manter-se equilibrado, basta persistir no caminho iluminado, mesmo que os pedregulhos, às vezes firam nossos pés. Se resistirmos à tentação de buscarmos “atalhos” na escuridão, porque as pedras no caminho estejam nos parecendo muito grandes, estaremos adquirindo o aprendizado que, no final do caminho, terá nos proporcionado a evolução espiritual.
Não devemos temes nossos erros; eles são janelas a nos indicarem o caminho a seguir. Seria impossível vence-los, se não os identificássemos tais quais são, nem maiores, nem menores.

EVOLUÇÃO (III)

Pergunta: A Doutrina Espírita busca o amor no seu mais amplo sentido. As sucessivas encarnações ocorrem para evoluir o espírito até o Amor Maior. Será que para “pagar” ou “evoluir” é necessário que um espírito seja encarnado numa pessoa que vive na miséria absoluta, como em Biafra, etc.?
Emmanuel - Se um espírito reencarna em condições aparentemente desfavoráveis é porque obteve o merecimento para tanto. Isto porque, se ele solicita uma oportunidade de resgate de uma dívida do passado, esta oportunidade só lhe é dada quando ele demonstra possuir todos os instrumentos para vencer os obstáculos com os quais deve-se deparar nesta nova existência. Se ele falha; foi porque optou por não usar as qualidades que tem, preferindo manter-se na mesma atitude de encarnações anteriores.


Por outro lado, pode-se interpretar o reencarne em condições desfavoráveis também como uma missão, onde o espírito vem preparado para suplantar dificuldades e beneficiar a todos os que o circundam. É o caso dos grandes descobridores de curas na medicina, de grandes inventores, etc. O principal é que a humanidade, em geral, se desenvolve quando surgem problemas que a obrigam a buscar soluções novas. É preciso lembrar, no entanto, que os problemas só são vencidos quando lhes damos a devida proporção.

EVOLUÇÃO (IV)

Pergunta: O desenvolvimento espiritual está apenas relacionado com a atual vida do espírito encarnado ou se junta às experiências anteriores (outras encarnações)?
Emmanuel - O estágio de desenvolvimento espiritual do ser não se relaciona com as ações presente, mas profundamente reflete as vidas anteriores. Entretanto, o mais importante é que se continue trabalhando na Seara do Bem, a fim de que as reencarnações futuras se processem dentro de padrões de moral sempre mais elevados.

EVOLUÇÃO (V)

Pergunta: O que poderá acontecer ao espírito que após várias encarnações não consegue se tornar um bom espírito?
Emmanuel - O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem que atingir a finalidade que a Providência lhe assinalou. Ele se instrui por força das sucessivas reencarnações, e as mudanças morais e intelectuais se estabelecem pouco a pouco.
Nessas condições, o homem, utilizando-se da liberdade de escolha, processa sua evolução ao longo dos tempos, pois, como nos dizem os espíritos, somos todos por Deus criados já predestinados a nos tornarmos um dia espíritos puros.

EVOLUÇÃO (VI)

Pergunta: É necessário para o espírito atingir o grau máximo de evolução espiritual, aprender todos os conceitos do conhecimento terreno, como os da Física, da Química, da Antropologia e outros?
Emmanuel - Em “O Livro dos Espíritos” Kardec pergunta* (...) “Os seres a que chamamos anjos, arcanjos e serafins formam uma categoria especial, de natureza diferente da dos outros Espíritos?” (...) Respondem os Espíritos: (...) “Não, são os espíritos puros, os que se acham no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições”. Logo, cada espírito tem necessidade de experimentação no conhecimento da inteligência, procurando por si mesmo enfatizar o imperativo do próprio aperfeiçoamento no campo moral.

REDENÇÃO

Pergunta: Quando redimiremos espiritualmente a nós mesmos?
Emmanuel - Redimiremos a nós mesmos, quando compreendermos, conscientemente, ao preço do próprio raciocínio, que todos os sofrimentos decorrem das leis de amor que governam a vida. Para isso, é indispensável entendamos que todos vivemos subordinados ao princípio inelutável da reencarnação e que nos reencarnaremos, na Terra ou em outros mundos, tantas vezes quantas se fizeram necessárias, para que se nos edifique o aperfeiçoamento espiritual, seja diante dos imperativos da evolução, que nos traçam inevitáveis labores educativos, ou à frente dos encargos expiatórios que nos apontam graves tarefas de recapitulação e corrigenda, para o expurgo da consciência culpada.

Pergunta: Bastará apenas sofrer para que resgatemos os compromissos adquiridos nas existências passadas?
Emmanuel - Se temos o coração aberto em feridas profundas, isso não basta; é preciso transubstanciar as próprias dores em esperanças e ensinamentos.

Pergunta: Basta apenas chorar para realizarmos o expurgo do coração?
Emmanuel - Às vezes, trazemos o semblante lavado de lágrimas, no entanto, o desespero e a inconformação desmancham-se igualmente em pranto amargo; para expurgar o mundo íntimo é mister valermo-nos da provação como recurso de trabalho, para converter a tribulação em alegria e a dificuldade em lição.

Pergunta: Basta apenas bendizer as mãos que nos ferem?
Emmanuel - Bendigamos as mãos que nos ferem. Imperioso, porém, nos dediquemos a fazer algo a fim de que se renovem para o entendimento e para a prática do bem, sob a inspiração dos bons exemplos que lhes pudermos ofertar.

Pergunta: Basta apenas acreditar na verdade, sofrendo o escárnio dos que a recusam?
Emmanuel - Dizemos a verdade e, não raro, riem de nós muitas vezes, só porque isso aconteça, julgam-nos dispensados de trabalhar pela expansão de novas luzes, quando a verdade reclama continuísmo de abnegação para que triunfe a benefício de todos.

Pergunta: Basta apenas recolher pedras de ingratidão?
Emmanuel - Recolher pedras de ingratidão por pétalas de carinho é heroísmo de muitos. Multidões respiram nesse câmbio, estranho de padecimentos morais, preferindo acomodar-se à hipnose da queixa. A ingratidão é sempre resultado da ignorância e para que a ingratidão alheia produza bênçãos redentoras em nós, é necessário prosseguir plantando entendimento e fraternidade na terra seca da incompreensão, de que muitos outros já desertaram.

Pergunta: Para que nos purifiquemos, será suficiente acomodar-nos à tristeza e a soledade, por que nos reclamem serviço demasiado à felicidade dos outros?
Emmanuel - Quase sempre exigimos o máximo dos outros na construção da nossa felicidade, sem lhes darmos de nós o máximo na preservação da própria segurança. Entretanto, em apoio de nosso burilamento, urge sustentar atividades e encargos de sacrifício.

Pergunta: Ainda para isso será suficiente que padeçamos o assédio da injúria?
Emmanuel - Caluniam-nos freqüentemente, no entanto, só pelo fato de sermos apontados pelo dedo da injúria, isso não adianta ao aperfeiçoamento espiritual. Impreterível usar compaixão e bondade, à frente daqueles que nos perseguem.

Pergunta: Para que obtenhamos quitação, ante o pretérito culposo, bastará experimentar agruras e provações no reduto doméstico, de ânimo sistematicamente recolhido à rixa e ao mau humor?
Emmanuel - Em muitas circunstâncias, o lar é o cárcere dos nossos sonhos, contudo, é útil recordar que vastas fileiras de criaturas se encontram na mesma situação, agravando padecimentos e lutas pelo abandono das responsabilidades que lhes competem. A regeneração pela qual ansiamos espera por nossa felicidade aos compromissos assumidos, com a nossa disposição de arquivar planos de ventura para quando a Divina Sabedoria nos proclame a libertação.

Pergunta: A fim de que nos aperfeiçoamos, chegará viver sempre sob inquietações aflitivas?
Emmanuel - Vergamo-nos sob o fardo de inquietações opressivas, mas, para que essas inquietações nos sirvam ao reajuste da alma, cabe-nos a obrigação de transforma-las em testemunhos de fé e serviço ao próximo.

Pergunta: Em favor do aprimoramento próprio, será suficiente arrepender-nos dos erros e faltas cometidas?
Emmanuel - Convém notar que o reconhecimento dos próprios erros, perpetrados nesse ou naquele setor da existência, é o primeiro passo da reabilitação, mas, esse começo é empreendimento nulo se não resolvemos corrigir-nos com humildade e paciência, na execução dos deveres que a vida nos recomenda.

Pergunta: É lícito contarmos com o auxílio dos Espíritos Superiores grandes missionários da evolução moral na Terra para que nos apóiem no trabalho da própria regeneração?
Emmanuel - Sim, vezes inúmeras, costumamos refletir nas grandes façanhas dos Espíritos valorosos que transformaram a Terra... Acolheram-se à filosofia e criaram novas formas de pensamento,; Abraçaram a ciência e exalçaram o progresso; Elevaram-se na cultura e engrandeceram a arte; Agigantaram-se no trabalho e aperfeiçoaram a vida; entretanto, reencarnaram-se entre os homens, lavrando o solo, mecanizando atividades, burilando palavras, renovando costumes, aprimorando leis, desbravando caminhos... Todos eles, cada qual a seu modo, entregaram-nos as chaves da evolução, melhorando a vida por fora. No íntimo, porém, seja nas horas tranqüilas da existência ou nas crises de aflição que nos supliciem a alma, é forçoso lembrar que a redenção verdadeira nasce dentro de nós.
(TRABALHO REALIZADO POR INSTITUTO ANDRÉ LUIZ ORG)




















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